Review – Call of Duty: Black Ops 6

A franquia Call of Duty mantém seu reinado absoluto nos FPS, e Black Ops 6 chega como uma aposta ousada que mistura tradição e inovação. Após três anos desde Cold War, a Treyarch entrega um jogo que resgata a essência clássica da série enquanto introduz mecânicas que elevam o controle do jogador a outro patamar.

Campanha de ritmo cativante

A história de Black Ops 6 não reinventa a roda, vilões e enredo previsíveis, mas brilha como uma das narrativas mais cativantes da franquia. As missões alternam entre momentos de espionagem e sequências intensas, com elementos únicos em cada fase, além de missões que rendem caminhos alternativos, evitando a repetição. Para um jogo celebrado pelo multiplayer, a campanha prova que a Treyarch ainda sabe surpreender no modo solo.

O Omnimovement

O grande destaque é o Omnimovement, sistema que libera os movimentos das amarras da câmera. Agora, correr, deslizar ou mergulhar pode ser feito em qualquer direção, independente de para onde você está olhando. Imagine pular de um penhasco, girar no ar e acertar um tiro certeiro — tudo em um único movimento.

A mobilidade ganha camadas táticas, transformando combates em coreografias caóticas. Diferente do polêmico Tac-Stance de jogos passados, aqui a fluidez é natural, mantendo a precisão clássica que fãs adoram, mas meros mortais podem odiar e isso se tornar um fator muito negativo para jogadores casuais (vulgo eu).

Os 16 mapas de lançamento foram pensados para o Omnimovement. Lowtown impressiona com segmentos subaquáticos, enquanto Vorkuta é um labirinto de corredores apertados. Passagens secretas, portas que podem ser fechadas e linhas de visão alternativas incentivam estratégias criativas.

No entanto, a seleção de modos é mais enxuta que em títulos anteriores. O novo Kill Order — onde um jogador vira alvo valioso — tenta inovar, mas falta variedade, mas o público se mantém forte no clássico Free for All, Kill Confirmed e Team Deathmatch.

Personagens de Call of Duty: Cold War retornam em Black Ops 6

Armas e Personalização

O arsenal é bem balanceado, sem armasdesbalanceadas ou que tiram vantagem do próprio jogo, e os equipamentos permitem flexibilidade. Entretanto, desde a chegada de Warzone para a franquia, todo jogo de CoD peca na clareza de seus menus confusos e totalmente poluído. Já o sistema de Prestígio traz cosméticos de jogos passados, um agrado aos veteranos.

O modo zumbi abandona o mundo aberto implementado no Modern Warfare 3 e retorna ao formato clássico de rodadas. Dois mapas estreiam: Liberty Falls (para novatos) e Terminus (labirinto mortal para experts). A novidade é poder salvar o progresso no solo — alívio para quem não tem horas ininterruptas. O sistema de melhorias recompensa jogadores dedicados, mas a progressão é lenta. Contudo, fãs vão celebrar o retorno de Pack-A-Punch, GobbleGums e os SAM trials.

Você nunca sabe se vai ter um viciado no outro time

Black Ops 6 impressiona, mas é mais um CoD

Black Ops 6 não é perfeito, apesar da seleção de modos ser limitado, a campanha apresenta um ritmo interessante que revitaliza a franquia com ousadia. O Omnimovement é uma revolução que deveria influenciar futuros títulos de FPS. Seu multiplayer, mesmo enxuto, é viciante até você entrar em uma partida com AQUELE nível de habilidade, você sabe do que estou falando. Zombies resgata a magia clássica, mas também é um modo que agrada realmente quem gosta.

Com constantes atualizações e novos mapas entrando, o jogo está pronto para ser o novo título de CoD adorado pelos fãs, diferente de Modern Warfare 3.

Call of Duty: Black Ops 6: Ainda que com pontos fracos, Black Ops 6 rejuvenesce a série Call of Duty ao equilibrar nostalgia e a ousadia do omnimovement — sistema que redefine a dinâmica de combate a cada segundo. Se você tinha curiosidade, mas frustrado com o anterior, nesse vale a pena brincar. Otto

8
von 10
2025-01-23T15:44:59-0300

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.